foto: Rafael Medina
Generosidade, família, infância, alimento, prazer. São essas as palavras que me vêm à cabeça quando penso em feijão. Alimento que, junto com o arroz, tem um lugar importante no imaginário dos brasileiros, o feijão é originário da América do Sul (é usado como comida aqui há pelo menos nove mil anos). Espalhou-se então pelo mundo todo: Europa, Ásia, África, todos têm seus tipos de feijões, muitos deles originários de genomas americanos.
Também não é difícil perceber o porquê de tamanha popularidade. O feijão é super nutritivo (tem vitaminas, proteínas e minerais), é um alimento funcional (ajuda a baixar o colesterol e o açúcar, inibe o aparecimento de cânceres e doenças cardíacas), é barato e delicioso.
Ontem fiz um Feijão Caprichado, nome que escolhi para a receita de feijão que sempre faço aqui em casa.
Pra começar, gosto de utilizar o feijão mulatinho, mas isso é só mesmo questão de gosto, você pode utilizar o feijão que quiser (para essa receita, 500 g de feijão). Depois de deixá-lo de molho em bastante água por cerca de seis a oito horas, levo para a panela de pressão e cozinho até que os grãos fiquem moles.
Sempre acrescento alguma carne ao feijão, como, por exemplo, lombinho defumado, costela de porco salgada, carne seca etc. etc. Nesse dia, eu usei lombinho defumado, paio e bacon, todos picados em tamanhos médios, cerca de 300 g no total. Se for usar alguma carne salgada, lembre-se que você tem que deixá-la de molho por um tempo (esse tempo vai depender da quantidade de sal da carne), trocando a água várias vezes.
Numa panela grande e de fundo grosso, frito no azeite 2 a 3 cebolas médias bem picadas, 3 a 5 dentes de alho bem picados, 3 a 5 folhas de louro, cominho a gosto e 1 pimenta dedo de moça picada e sem as sementes. Deixo a cebola e o alho começarem a dourar e então incorporo as carnes previamente cozidas e picadas. Acrescento o feijão cozido e, se necessário, acrescento mais água. Deixo levantar fervura, abaixo o fogo, corrijo o sal e a pimenta e deixo cozinhar mais um pouco, até que o caldo fique encorpado. Você pode pegar cerca de 1 a 2 xícaras do feijão que foi cozido na panela de pressão e batê-lo no liquidificador. Isso faz com que o caldo fique imediatamente mais grosso, na medida ideal. Caso queira dar uma cor mais viva ao feijão, coloque um pouco de extrato de tomate nele. Às vezes, também tempero o feijão com coentro fresco picado.
Para acompanhar, faça uma farofa da sua preferência. A que eu fiz foi de banana e ovos. É só refogar 1 cebola picada em 1 colher de sopa de manteiga, acrescentar farinha de mandioca e ir fritando até que a farinha comece a ficar mais fina. À parte, faça ovos mexidos em pedaços grandes, temperados com salsa, cebolinha, sal e pimenta do reino moída na hora.
Incorpore esses ovos à farinha frita, desligue o fogo e acrescente banana fatiada a gosto. Corrija o sal e sirva acompanhando o feijão.
Além da farofa, sirva o feijão com couve fatiada e refogada no azeite, arroz branco e uma caipirinha geladíssima. E bom almoço pra você!
E se você ainda quer mais feijão, Chico Buarque está prontinho pra lhe servir:
Um comentário:
hummmm... fiquei com saudades daquela única vez que comi feijão.
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